11º
GRUPO
Cesio Caque
Raul Mahalage
Colaço
Ernesto Jofrice
Maria Ivone
A. Sales Elias
Osvaldo Felix
Pacheco
Gestão
Ambiental
Vunerabilidade dos sistemas socio ecologicos e
estrategias de defesa e proteçao de natureza
Licenciatura
em Ensino de Geografia com Habilitacoes em Turismo
Docente:
dr.Arone
Universidade
Pedagógica
Beira
2013
11º GRUPO
Gestão
Ambiental
Vunerabilidade do sistemas socio ecologicos e
estrategias de defesa e proteçao de natureza
Licenciatura
em Ensino de Geografia com Habilitacoes em Turismo
Universidade
Pedagógica
Beira
2013
Índice
Introdução
Este trabalho foi desenvolvido com o objectivo de analisar a
“Vulnerabilidade dos sistemas sócio-ecológicos e estratégias de defesa e protecção
da natureza”. É uma abordagem curricular inserida na disciplina de Gestão
Ambiental.
O trabalho foi elaborado com base em pesquisa bibliográfica que consistiu
na leitura e análise de livros e artigos científicos. Alguns materiais
bibliográficos foram extraídos na internet. Ao longo do trabalho foram
abordados os aspectos relacionados com a “ Vulnerabilidade de sistemas
sócio-ecológicos e estratégias de defesa e protecção da natureza”onde se procurou
clarificar o conceito vulnerabilidade associado aos sistemas sócio-ecológicos.
Evidentemente, para uma melhor analise e compreensão, foi levado em
consideração um exemplo concreto de um dos sistemas socio-ecológico que e o
mangal da faixa costeira da cidade da Beira. Dentro deste contexto, foi
definido o mangal, identificadas as suas funções bem apontadas as potenciais
ameaças ao mangal para, de seguida, identificarem as estratégias para a sua defesa
e protecção.
Finalmente, apresentam-se as considerações finais e a bibliografia
consultada.
Objectivos:
Objectivo
geral
ü Compreender a sócio-ecológicos e estratégias de defesa e
protecção da natureza.
Objectivos específicos
ü Definir a vunerabilidade segundo alguns autores;
ü Identificar os os principais factores da vunerabilidade;
ü Esplicar o ecossistema do mangal na cidade da Beira.
Metodologia
Neste trabalho usamos o método bibliográfico, retiramos da revista do
autor, ARONE, Pedro
Herculano, com o seguinte
titulo: Impactos ecológicos e socioeconómicos do mangal e dos
seus respectivos usos: Estudo do Posto Administrativo de Nhangau, e
Extensão, Revista nº 04, Fevereiro de 2013.
1.
Vulnerabilidade de
sistemas sócio-ecológicos e estratégias de defesa e protecção da natureza
Com o aumento da ocorrência de eventos climáticos extremos (ex: secas,
cheias, ciclones tropicais, desflorestamento), associado às complexidades das
novas realidades do crescimento populacional e produção industrial, tem sido
comum as discussões em volta do que fazer para reduzir a vulnerabilidade e
exposição aos riscos que advém destes processos. ((TSCHAKERT, 2007, ALVES,
2006; OJIMA, 2009)
Nos últimos anos, o termo vulnerabilidade tem sido explorado e utilizado
com certa frequência por grupos académicos e entidades governamentais
adquirindo uma posição estratégica aos estudos focados na questão da adaptação
de sistemas sócio ecológicos frente a mudanças climáticas e ambientais.
Assim, a ideia de vulnerabilidade está relacionada "às situações que
surgem quando as configurações de recursos que controlam e podem movimentar os
domicílios não são suficientes para aproveitar as estruturas de oportunidade de
acesso ao bem-estar" (KAZTMAN; FILGUEIRA, 2006).
Por seu turno, IPCC[1]
(2007), define vulnerabilidade como o “grau
pelo qual um sistema é susceptível ou incapaz de afrontar os efeitos adversos
das mudanças climáticas, incluindo a variabilidade climática e seus eventos extremos”.
Ora, com base nas ideias acima expostas pelos autores acima citados, foram
estabelecidas três classes de vulnerabilidade sócio ecológica: maior
vulnerabilidade, vulnerabilidade intermediária e menor vulnerabilidade.
2.
Fatores que
caracterizam a vulnerabilidade
A vulnerabilidade de sistemas biofísicos, sociais e sócio-ecológicos é
caracterizada por uma função de fatores como risco, exposição, sensibilidade ao
risco e capacidade adaptativa (Turner II et al., 2003, Adger,2006,
Polsky et al., 2007, Heltberg et al., 2009).
a)
Risco: é
a “chance do dano, prejuízo, perda e outras conseqüências indesejáveis que
ocorrem em um sistema” (Helteberg et al., 2009). As perdas esperadas
decorrentes de um risco dependem da probabilidade de um evento ocorrer e da
severidade dos impactos deste evento.
b)
A exposição ao risco: representa a natureza e o grau no qual grupos humanos ou ecossistemas
experimentam estresses ambientais (O’Brien et al., 2004a, Adger, 2006,
McLaughling; Dietz, 2008). Um sistema exposto ao risco pode enfrentar estresses
endógenos e exógenos, estes últimos representados por ameaças que ocorrem fora
do sistema (Luers, 2005, Füssel, 2007).
c)
A sensibilidade ao risco:
é o grau no qual um sistema ou uma unidade exposta é afectada e responderá a um
distúrbio, seja positivamente ou negativamente (O’Brien et al., 2004a,
Luers, 2005, McLaughling; Dietz, 2008). Tanto a exposição quanto a
sensibilidade de um sistema são moldadas por contextos estruturais, políticos e
institucionais em diferentes esferas sociais (Heltberg et al., 2009), e
estão inerentemente imbricadas, pois o efeito relativo de exposição de um
sistema ao risco é dependente das sensibilidades relativas (Luers, 2005).
d)
A capacidade adaptativa de um dado sistema: é dinâmica, podendo variar ao longo do tempo e o
espaço, de acordo com os diferentes grupos sociais, e depende de um conjunto de
ações disponíveis (Ford et al., 2006a, Bharwani et al., 2008).
Além disso, são as forças sociais, políticas, econômicas e culturais de um
sistema sócio-ecológico que moldam a capacidade adaptativa deste sistema frente
aos distúrbios (Smit; Wandel, 2006).
3.
O caso do ecossistema
do mangal, na faixa costeira da cidade da Beira
O crescimento da população e expansão urbana da beira assiste-se a uma
demanda a cada vez maior de fontes na procura de alternativas para a sobrevivência
e melhoria de qualidade de vida recorrendo a utilização do ecossistema do
mangal.
LOPES (1997) apud ARRONE (2013:19), define o mangal como“é um ecossistema
Helo-halofito lenhoso ou lenhoso-herbáceo característico da zona de
balanceamento das mares, nas regiões intertropicais. Define-se por uma
convergência de condições ecotópicas especificas que possibilitam a vida das
comunidades fito-zoológicas anfíbias, bem diferenciados sob o ponto de vista
ecológico”.
Por seu turno, HOGUANE(2007), salienta que os mangais são predominantes no
Banco de Sofala e na Baía de Maputo. Especificamente, ao longo da faixa
costeira da Beira, as principais espécies são: Rizophora mucronata, Bruguiera gymnorrhiza, Avicennia marina, Ceriops
tagal, Sonneratia alba e a Xilocarpus
granatul.
Assim, os mangais são considerados ecossistemas vegetais que tem como seu habitat
as lagoas costeiras, os estuários e as depressões deltaicas. Crescem em
ambientes de transição entre o mar e o continente (em zonas húmidas e
salobras).
3.1
Funções dos mangais
Depois de apresentar, de forma sintética a percepção em torno do mangal, de
seguida vamos tentar identificar as funções (socio-ecológicas e económicas) dos
mangais.
Os mangais são áreas muito importantes do ponto de vista ecológico,
constituindo locais de convergência das águas continentais e marinhas, das suas
faunas, floras e seus sedimentos. Apresentam uma cobertura vegetal de aspecto
peculiar, na qual a zonagem e o desenvolvimento estrutural são condicionados
pela pluviometria, granulometria do sedimento, temperatura e hidrodinâmica dos
fluxos de água doce (rio) e salgada (mar) (OLIVEIRA, 1984).
Os sistemas estuarinos e as áreas de mangais, de modo
especial, são aqueles com maiores riscos, tanto biológicos quanto socio económicos,
e são regiões onde as medidas de manejo, quando bem estudadas e planejadas,
resultam em significativa melhoria ambiental.
O ecossistema do mangal desempenha diversas funções. Do
ponto de vista socio económico, KATHIRESAN (2000) apud ARRONE (2013),destaca que o mangal constitui um recurso
explorado pelas comunidades costeiras (para o caso vertente as comunidades da
praia nova) para extracção da madeira para a construção ou melhoramento de suas
habitações, embarcações para pesca, produção de combustível lenhoso e carvão
bem como para a captura de diversos crustáceos para complementar a dieta alimentar
das comunidades.
O ecossistema mangal possui, do ponto de vista ecológico,
a função de estabelecer o equilíbrio ambiental, funcionando como indicador
biológico para as modificações de linha de costa, em função da rápida resposta
das suas espécies vegetais a qualquer alteração no ambiente. É o ecossistema
que responde mais acentuadamente a processos geomorfológicos, sedimentares e
oceanográficos que controlam a evolução da paisagem. (ALMEIDA; SOARES; KAMPEL, 2008).
3.2 Principais ameaças,
estratégias de defesa e conservação do Mangal
As grandes concentrações populacionais e o desenvolvimento de algumas
actividades económicas ao longo da costa moçambicana têm originado uma grande
pressão sobre os ecossistemas costeiros e marinhos, e os recursos associados.
Para além disto, este cenário é agravado pela fraca capacidade institucional
para levar a bom termo uma planificação e coordenação das actividades
económicas que decorrem nestas áreas.
Assim, na tabele 1 que se segue apresentamos algumas ameaçasinfligidas ao
ecossistema do mangal, segundo HOGUANE
(2007).
Tabela 1: Resumo dos problemas ambientais, suas causas e impacto
Problemas
|
Causas
|
Impactos
|
Desflorestamento de
florestas costeiras
(com ênfase na
floresta do mangal)
|
- Procura de material para
construção (estacas) e para combustível lenhoso
(lenha e carvão)
- Fonte de subsistência
|
- Destruição de habitats e
redução da biodiversidade
- Aceleração da erosão
costeira
- Fraca produtividade
ecológica
- Redução dos recursos
pesqueiros
- Alteração do micro-clima
|
Erosão costeira
|
- Fenómenos antropogénicos
(destruição das dunas, abate e destruição do mangal, extracção de areia)
- Ventos fortes, acção das
ondas e das correntes de marés.
|
- Intrusão salina e destruição
e perda de habitates
- Alteração da configuração
da linha da costa
|
Fonte: HOGUANE (2007)
Como se pode depreender, associada as questões relativas às funções bem como
às ameaças decorrentes do ecossistema do mangal, urge a necessidade de
identificar as estratégias funcionais para a defesa e conservação deste
ecossistema que suporta as comunidades costeiras para a sua sobrevivência.
Desta forma, SHEPPARD (2013), diz que nas soluções para fazer face ao
problema de desflorestamento de mangal deve-se incluir a identificação e
promoção de alternativas para o provimento de energia para a cozinha, materiais
para construção, e outras actividades que geram rendimento para a subsistência
das comunidades e sectores que neste momento vivem do comércio do mangal.
A demais, outras estratégias podem ser adoptadas e implementadas, como por
exemplo: organização e realização de campanhas de educação ambiental em prol da
utilização e conservação do mangal, com base em teatros, debates e palestras
por forma a despertar a consciência e interesse sobre a necessidade de gestão sustentável
do ecossistema do mangal.
Algumas acções como campanhas de reflorestamento (envolvendo todos os
interessados: comunidade local e autoridades de gestão ambiental), pode ser uma
das outras estratégias de defesa e conservação do mangal na faixa costeira da
cidade da Beira.
Considerações
finais
O ecossistema do mangal da faixa
costeira da cidade da Beira esta vulnerável, devido ao seu uso não sustentável
pela população desta área (especificamente a praia nova) para vários fins, com
destaque para a produção de combustível lenhoso (lenha e carvão), construção e
melhoramento de habitações. Este cenário bem objectivo concorre para o
desaparecimento do mangal (desflorestamento) e perda da capacidade produtiva
das espécies marinhas associadas ao mangal.
Para o efeito, com o intuito de mitigar os seus impactos, podem ser
adoptadas e implementadas estratégias como a realização de campanhas de
educação ambiental envolvendo a população local para a recuperação do mangal
através do reflorestamento
Bibliografia
ARONE, Pedro Herculano. Impactos ecológicos e socioeconómicos do mangal e dos seus respectivos
usos: Estudo do Posto Administrativo de Nhangau. In: Revista Ecos do
Chiveve, Propriedade da Universidade Pedagógica-Beira, Área de Pós-graduação, Pesquisa
e Extensão, Revista nº 04, Fevereiro de 2013.
ALVES, H. P. F. Vulnerabilidade sócioambiental
na metrópole paulistana: uma análise sociodemográfica dassituações de
sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e ambientais. Revista
Brasileira de Estudos de População, v. 23, n. 1, p. 43-59, 2006.
OJIMA, R. Perspectivas para a
adaptação frente às mudanças ambientais globais no contexto da urbanização brasileira:
cenários para os estudos de população. In: HOGAN, D. J.; MARANDOLA Jr, E.
(Org.) População e mudanças climáticas.
Dimensões humanas das mudanças ambientais globais. Campinas: Núcleo de
Estudos de População-NEPO/Unicamp; Brasília: UNFPA, 2009.
KAZTMAN, R.; FILGUEIRA, F. As normas
como bem público e privado: reflexões nas fronteiras do enfoque “activos,
vulnerabilidades e estrutura de oportunidades” (Aveo). In: CUNHA, J. M. P.
(Ed.) Novas Metrópoles Paulistas: População, Vulnerabilidade e Segregação.
Campinas: NEPO/Unicamp, 2006. Disponível em http://www.anppas.org.br/encontro6/anais/ARQUIVOS/GT11-414-139-20120621102055.pdf Cedido a 18 de Março de 2014.
TSCHAKERT, P.
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Disponível em http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/bitstream/handle/1884/27744/R%20-%20T%20-%20FARACO,%20LUIZ%20FRANCISCO%20DITZEL.pdf?sequence=1 Cedido a 18 de Março de 2014.
OLIVEIRA, E.S. Brazilian, mangal vegetation withspecialemphasisontheseaweeds.
In: POR, F.D.; DOR, I. (Eds.).Hydrobiologyofthe Mangal. The Ecosystemof the Mangrove
Forests. Boston: Dr. W. Junk
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HOGUANE, António Mubango. Perfil Diagnóstico da Zona Costeira de
Moçambique/Diagnosisof
Mozambique Costal Zone. In:Revista de Gestão Costeira Integrada
7(1):69-82 (2007). Disponível em www.aprh.pt/rgci www.gci.inf.br Cedido a 18 de Março de 2014
SHEPPARD, Sidney Novoa. Vulnerabilidade e Adaptação Socioecológica Diante
das Mudanças Climáticas: Caso da Comunidade Indigena de Gastabala,
Ucayaliperu.[Dissertação do mestrado], NAZARÉ PAULISTA, 2013. Disponível em:http://www.ipe.org.br/mestrado/wpcontent/uploads/2012/08/Tese_Sidney_V5_sid_defesa_R.pdf Cedido a 18 de Março de 2014.
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