terça-feira, 17 de fevereiro de 2015


 11º GRUPO
Cesio Caque Raul Mahalage
Cola­ço Ernesto Jofrice
Maria Ivone A. Sales Elias
Osvaldo Felix Pacheco




Gestão Ambiental

Vunerabilidade dos sistemas socio ecologicos e estrategias de defesa e proteçao de natureza

Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitacoes em Turismo







 Docente:  dr.Arone





Universidade Pedagógica
Beira
2013

11º GRUPO



Gestão Ambiental






Vunerabilidade do sistemas socio ecologicos e estrategias de defesa e proteçao de natureza

Licenciatura em Ensino de Geografia com Habilitacoes em Turismo



  









Universidade Pedagógica
Beira
2013





Índice

 








Introdução

Este trabalho foi desenvolvido com o objectivo de analisar a “Vulnerabilidade dos sistemas sócio-ecológicos e estratégias de defesa e protecção da natureza”. É uma abordagem curricular inserida na disciplina de Gestão Ambiental.
O trabalho foi elaborado com base em pesquisa bibliográfica que consistiu na leitura e análise de livros e artigos científicos. Alguns materiais bibliográficos foram extraídos na internet. Ao longo do trabalho foram abordados os aspectos relacionados com a “ Vulnerabilidade de sistemas sócio-ecológicos e estratégias de defesa e protecção da natureza”onde se procurou clarificar o conceito vulnerabilidade associado aos sistemas sócio-ecológicos.
Evidentemente, para uma melhor analise e compreensão, foi levado em consideração um exemplo concreto de um dos sistemas socio-ecológico que e o mangal da faixa costeira da cidade da Beira. Dentro deste contexto, foi definido o mangal, identificadas as suas funções bem apontadas as potenciais ameaças ao mangal para, de seguida, identificarem as estratégias para a sua defesa e protecção.
Finalmente, apresentam-se as considerações finais e a bibliografia consultada.

Objectivos:

Objectivo geral
ü  Compreender a sócio-ecológicos e estratégias de defesa e protecção da natureza.
Objectivos específicos
ü  Definir a vunerabilidade segundo alguns autores;
ü  Identificar os os principais factores da vunerabilidade;
ü  Esplicar o ecossistema do mangal na cidade da Beira.

Metodologia

Neste trabalho usamos o método bibliográfico, retiramos da revista do autor, ARONE, Pedro Herculano, com o seguinte titulo: Impactos ecológicos e socioeconómicos do mangal e dos seus respectivos usos: Estudo do Posto Administrativo de Nhangau, e Extensão, Revista nº 04, Fevereiro de 2013.


















1.      Vulnerabilidade de sistemas sócio-ecológicos e estratégias de defesa e protecção da natureza

Com o aumento da ocorrência de eventos climáticos extremos (ex: secas, cheias, ciclones tropicais, desflorestamento), associado às complexidades das novas realidades do crescimento populacional e produção industrial, tem sido comum as discussões em volta do que fazer para reduzir a vulnerabilidade e exposição aos riscos que advém destes processos. ((TSCHAKERT, 2007, ALVES, 2006; OJIMA, 2009)
Nos últimos anos, o termo vulnerabilidade tem sido explorado e utilizado com certa frequência por grupos académicos e entidades governamentais adquirindo uma posição estratégica aos estudos focados na questão da adaptação de sistemas sócio ecológicos frente a mudanças climáticas e ambientais.
Assim, a ideia de vulnerabilidade está relacionada "às situações que surgem quando as configurações de recursos que controlam e podem movimentar os domicílios não são suficientes para aproveitar as estruturas de oportunidade de acesso ao bem-estar" (KAZTMAN; FILGUEIRA, 2006).
Por seu turno, IPCC[1] (2007), define vulnerabilidade como o “grau pelo qual um sistema é susceptível ou incapaz de afrontar os efeitos adversos das mudanças climáticas, incluindo a variabilidade climática e seus eventos extremos”.
Ora, com base nas ideias acima expostas pelos autores acima citados, foram estabelecidas três classes de vulnerabilidade sócio ecológica: maior vulnerabilidade, vulnerabilidade intermediária e menor vulnerabilidade.

2.      Fatores que caracterizam a vulnerabilidade

A vulnerabilidade de sistemas biofísicos, sociais e sócio-ecológicos é caracterizada por uma função de fatores como risco, exposição, sensibilidade ao risco e capacidade adaptativa (Turner II et al., 2003, Adger,2006, Polsky et al., 2007, Heltberg et al., 2009).
a)      Risco: é a “chance do dano, prejuízo, perda e outras conseqüências indesejáveis que ocorrem em um sistema” (Helteberg et al., 2009). As perdas esperadas decorrentes de um risco dependem da probabilidade de um evento ocorrer e da severidade dos impactos deste evento.
b)      A exposição ao risco: representa a natureza e o grau no qual grupos humanos ou ecossistemas experimentam estresses ambientais (O’Brien et al., 2004a, Adger, 2006, McLaughling; Dietz, 2008). Um sistema exposto ao risco pode enfrentar estresses endógenos e exógenos, estes últimos representados por ameaças que ocorrem fora do sistema (Luers, 2005, Füssel, 2007).
c)      A sensibilidade ao risco: é o grau no qual um sistema ou uma unidade exposta é afectada e responderá a um distúrbio, seja positivamente ou negativamente (O’Brien et al., 2004a, Luers, 2005, McLaughling; Dietz, 2008). Tanto a exposição quanto a sensibilidade de um sistema são moldadas por contextos estruturais, políticos e institucionais em diferentes esferas sociais (Heltberg et al., 2009), e estão inerentemente imbricadas, pois o efeito relativo de exposição de um sistema ao risco é dependente das sensibilidades relativas (Luers, 2005).
d)     A capacidade adaptativa de um dado sistema: é dinâmica, podendo variar ao longo do tempo e o espaço, de acordo com os diferentes grupos sociais, e depende de um conjunto de ações disponíveis (Ford et al., 2006a, Bharwani et al., 2008). Além disso, são as forças sociais, políticas, econômicas e culturais de um sistema sócio-ecológico que moldam a capacidade adaptativa deste sistema frente aos distúrbios (Smit; Wandel, 2006).

3.      O caso do ecossistema do mangal, na faixa costeira da cidade da Beira

O crescimento da população e expansão urbana da beira assiste-se a uma demanda a cada vez maior de fontes na procura de alternativas para a sobrevivência e melhoria de qualidade de vida recorrendo a utilização do ecossistema do mangal.
LOPES (1997) apud ARRONE (2013:19), define o mangal como“é um ecossistema Helo-halofito lenhoso ou lenhoso-herbáceo característico da zona de balanceamento das mares, nas regiões intertropicais. Define-se por uma convergência de condições ecotópicas especificas que possibilitam a vida das comunidades fito-zoológicas anfíbias, bem diferenciados sob o ponto de vista ecológico”.
Por seu turno, HOGUANE(2007), salienta que os mangais são predominantes no Banco de Sofala e na Baía de Maputo. Especificamente, ao longo da faixa costeira da Beira, as principais espécies são: Rizophora mucronata, Bruguiera gymnorrhiza, Avicennia marina, Ceriops tagal, Sonneratia alba e a Xilocarpus granatul.
Assim, os mangais são considerados ecossistemas vegetais que tem como seu habitat as lagoas costeiras, os estuários e as depressões deltaicas. Crescem em ambientes de transição entre o mar e o continente (em zonas húmidas e salobras).

3.1 Funções dos mangais

Depois de apresentar, de forma sintética a percepção em torno do mangal, de seguida vamos tentar identificar as funções (socio-ecológicas e económicas) dos mangais.
Os mangais são áreas muito importantes do ponto de vista ecológico, constituindo locais de convergência das águas continentais e marinhas, das suas faunas, floras e seus sedimentos. Apresentam uma cobertura vegetal de aspecto peculiar, na qual a zonagem e o desenvolvimento estrutural são condicionados pela pluviometria, granulometria do sedimento, temperatura e hidrodinâmica dos fluxos de água doce (rio) e salgada (mar) (OLIVEIRA, 1984).
Os sistemas estuarinos e as áreas de mangais, de modo especial, são aqueles com maiores riscos, tanto biológicos quanto socio económicos, e são regiões onde as medidas de manejo, quando bem estudadas e planejadas, resultam em significativa melhoria ambiental.
O ecossistema do mangal desempenha diversas funções. Do ponto de vista socio económico, KATHIRESAN (2000) apud ARRONE (2013),destaca que o mangal constitui um recurso explorado pelas comunidades costeiras (para o caso vertente as comunidades da praia nova) para extracção da madeira para a construção ou melhoramento de suas habitações, embarcações para pesca, produção de combustível lenhoso e carvão bem como para a captura de diversos crustáceos para complementar a dieta alimentar das comunidades.
O ecossistema mangal possui, do ponto de vista ecológico, a função de estabelecer o equilíbrio ambiental, funcionando como indicador biológico para as modificações de linha de costa, em função da rápida resposta das suas espécies vegetais a qualquer alteração no ambiente. É o ecossistema que responde mais acentuadamente a processos geomorfológicos, sedimentares e oceanográficos que controlam a evolução da paisagem. (ALMEIDA; SOARES; KAMPEL, 2008).

3.2 Principais ameaças, estratégias de defesa e conservação do Mangal

As grandes concentrações populacionais e o desenvolvimento de algumas actividades económicas ao longo da costa moçambicana têm originado uma grande pressão sobre os ecossistemas costeiros e marinhos, e os recursos associados. Para além disto, este cenário é agravado pela fraca capacidade institucional para levar a bom termo uma planificação e coordenação das actividades económicas que decorrem nestas áreas.
Assim, na tabele 1 que se segue apresentamos algumas ameaçasinfligidas ao ecossistema do mangal, segundo HOGUANE (2007).




Tabela 1: Resumo dos problemas ambientais, suas causas e impacto
Problemas
Causas
Impactos
Desflorestamento de
florestas costeiras
(com ênfase na
floresta do mangal)
- Procura de material para construção (estacas) e para combustível lenhoso
(lenha e carvão)
- Fonte de subsistência

- Destruição de habitats e redução da biodiversidade
- Aceleração da erosão costeira
- Fraca produtividade ecológica
- Redução dos recursos pesqueiros
- Alteração do micro-clima
Erosão costeira
- Fenómenos antropogénicos (destruição das dunas, abate e destruição do mangal, extracção de areia)
- Ventos fortes, acção das ondas e das correntes de marés.
- Intrusão salina e destruição e perda de habitates
- Alteração da configuração da linha da costa

Fonte: HOGUANE (2007)
Como se pode depreender, associada as questões relativas às funções bem como às ameaças decorrentes do ecossistema do mangal, urge a necessidade de identificar as estratégias funcionais para a defesa e conservação deste ecossistema que suporta as comunidades costeiras para a sua sobrevivência.
Desta forma, SHEPPARD (2013), diz que nas soluções para fazer face ao problema de desflorestamento de mangal deve-se incluir a identificação e promoção de alternativas para o provimento de energia para a cozinha, materiais para construção, e outras actividades que geram rendimento para a subsistência das comunidades e sectores que neste momento vivem do comércio do mangal.
A demais, outras estratégias podem ser adoptadas e implementadas, como por exemplo: organização e realização de campanhas de educação ambiental em prol da utilização e conservação do mangal, com base em teatros, debates e palestras por forma a despertar a consciência e interesse sobre a necessidade de gestão sustentável do ecossistema do mangal.
Algumas acções como campanhas de reflorestamento (envolvendo todos os interessados: comunidade local e autoridades de gestão ambiental), pode ser uma das outras estratégias de defesa e conservação do mangal na faixa costeira da cidade da Beira.


















Considerações finais

O ecossistema do mangal da faixa costeira da cidade da Beira esta vulnerável, devido ao seu uso não sustentável pela população desta área (especificamente a praia nova) para vários fins, com destaque para a produção de combustível lenhoso (lenha e carvão), construção e melhoramento de habitações. Este cenário bem objectivo concorre para o desaparecimento do mangal (desflorestamento) e perda da capacidade produtiva das espécies marinhas associadas ao mangal.

Para o efeito, com o intuito de mitigar os seus impactos, podem ser adoptadas e implementadas estratégias como a realização de campanhas de educação ambiental envolvendo a população local para a recuperação do mangal através do reflorestamento 













Bibliografia

ARONE, Pedro Herculano. Impactos ecológicos e socioeconómicos do mangal e dos seus respectivos usos: Estudo do Posto Administrativo de Nhangau. In: Revista Ecos do Chiveve, Propriedade da Universidade Pedagógica-Beira, Área de Pós-graduação, Pesquisa e Extensão, Revista nº 04, Fevereiro de 2013.

ALVES, H. P. F. Vulnerabilidade sócioambiental na metrópole paulistana: uma análise sociodemográfica dassituações de sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e ambientais. Revista Brasileira de Estudos de População, v. 23, n. 1, p. 43-59, 2006.
OJIMA, R. Perspectivas para a adaptação frente às mudanças ambientais globais no contexto da urbanização brasileira: cenários para os estudos de população. In: HOGAN, D. J.; MARANDOLA Jr, E. (Org.) População e mudanças climáticas. Dimensões humanas das mudanças ambientais globais. Campinas: Núcleo de Estudos de População-NEPO/Unicamp; Brasília: UNFPA, 2009.
KAZTMAN, R.; FILGUEIRA, F. As normas como bem público e privado: reflexões nas fronteiras do enfoque “activos, vulnerabilidades e estrutura de oportunidades” (Aveo). In: CUNHA, J. M. P. (Ed.) Novas Metrópoles Paulistas: População, Vulnerabilidade e Segregação. Campinas: NEPO/Unicamp, 2006. Disponível em http://www.anppas.org.br/encontro6/anais/ARQUIVOS/GT11-414-139-20120621102055.pdf Cedido a 18 de Março de 2014.
TSCHAKERT, P. Viewsfromthevulnerable: understandingclimaticandotherstressors in the Sahel. Global EnvironmentalChange, v. 17, p. 381-396, 2007. Disponível em http://dspace.c3sl.ufpr.br:8080/dspace/bitstream/handle/1884/27744/R%20-%20T%20-%20FARACO,%20LUIZ%20FRANCISCO%20DITZEL.pdf?sequence=1 Cedido a 18 de Março de 2014.

OLIVEIRA, E.S. Brazilian, mangal vegetation withspecialemphasisontheseaweeds. In: POR, F.D.; DOR, I. (Eds.).Hydrobiologyofthe Mangal. The Ecosystemof the Mangrove Forests. Boston: Dr. W. Junk Publishers, 1984, p. 55-65.    
HOGUANE, António Mubango. Perfil Diagnóstico da Zona Costeira de Moçambique/Diagnosisof Mozambique Costal Zone. In:Revista de Gestão Costeira Integrada 7(1):69-82 (2007). Disponível em www.aprh.pt/rgci www.gci.inf.br Cedido a 18 de Março de 2014
SHEPPARD, Sidney Novoa. Vulnerabilidade e Adaptação Socioecológica Diante das Mudanças Climáticas: Caso da Comunidade Indigena de Gastabala, Ucayaliperu.[Dissertação do mestrado], NAZARÉ PAULISTA, 2013. Disponível em:http://www.ipe.org.br/mestrado/wpcontent/uploads/2012/08/Tese_Sidney_V5_sid_defesa_R.pdf Cedido a 18 de Março de 2014.





[1] Intergovernmental Panel on Climate Change

Um comentário:

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